Fugiram as rimas
No meio da multidão.
No meio de tanta gente.
No meio da minha cegueira.
Da minha tristeza,
do meio vazio, do meu remorso...
Conversando com um amigo, você andava.
Conversando com um amigo, eu andava.
E nossos olhos se reencontraram.
E um sorriso veio para compartilhar da nossa saudade,
da nossa satisfação por nos revermos.
Eu não vou me esquecer disso também.
E de como foi bom revê-lo, mesmo estando quebrada.
Mesmo sem acreditar que eu tenha muito a oferecer.
Mesmo sem acreditar que eu ainda podia vibrar por alguém, chover por alguém, molhar por alguém, amar alguém.
Não, eu também não vou me esquecer de como é bom te fazer sorrir.
Não vou me esquecer de nada entre nós.
Que o tempo tropeça e cai no nosso ritmo,
que o nosso ritmo se confunde na nossas melodias.
Que a nossa rebeldia um com o outro dá as pausas necessárias
para continuar tudo dentro da harmonia mais progressiva que eu já vi(vi).
Sendo nós os cantores, os compositores e os intérpretes da nossa própria relação,
nesta pista de dança que chamamos de amor.