Noite

A noite tem a cor da minha mãe e a voz do meu pai. Tem som de riso baixinho, e solidão intrometida. Parece também com comunhão de amiga, união de olhares.

Sentimento de perda, de inutilidade, de passo dado tarde. De dor entre as escápulas, e tentativa engraçada de respirar pelo diafragma.

Lágrima na alma.

Noite... Pausa do compasso, sorriso mascarado.

Enfim, me descalço.

30/01/2014

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 01/02/2014
Reeditado em 26/02/2016
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