EU MULHER
EU MULHER
O meu apelido é Jurinha, diminutivo de Jura como o meu pai o Sr. Jurandir era chamado, como eu fui o primeiro filho e com o mesmo nome do meu pai, herdei também o seu apelido de Jurinha.
Cada vez que teclo ele o corretor de texto fica doidão sacudindo a sobrancelha para mim e sublinhando Jurinha de vermelho. Se atender o seu piscado ele corrige-me “A JURINHA”.
A única aproximação que tenho em ser mulher é usar camisas rosa quando mas dão de presente. É só.
Daí a ser uma mulher é uma boa distancia, além do corretor de texto existe outra pessoa que vive me sublinhando de vermelho, “VOCÊ É UMA VELHA”.
Tem problema não chamar de mulher não é desmérito para ninguém, sem elas não seriamos nada. Às minhas avós, a minha mãe, as minhas tias, as minhas primas...
São mulheres responsáveis pela povoação do mundo naquela parceria exata, MARCHO E FÊMEA OS CRIOU.
Goiânia, 29/01/14.