O cara disse que têm inveja do homem por quem estou apaixonada
O cara disse que tinha inveja
do homem por quem estou apaixonada.
Disse que o destinado é sortudo
por eu me interessar.
Que uma mulher como eu
não se acha por aí
não se encontra em qualquer lugar
Disse que por eu ter a mente tão aberta e compreensiva, é soma!
Seria a interpretação dele quanto à minha pessoa.
Sou compreensiva porque acredito que tudo há explicação, sou paciente,
não crio expectativas e nem mato tanta energia a toa.
Só acho que sou singular porque usufrui dos meus aprendizados.
Sou louca na minha própria teoria do que é ser louca.
Quero estar onde ninguém tem coragem, não temo a morte e nem a vida.
Tenho minha opinião e não me deixo ser influenciável.
Não por qualquer coisa antes de ponderar.
Mas de fato tenho a mente aberta,
por tudo o que já construí dentro de mim.
Então o cara repetiu:
- Invejo o homem a quem há de se apaixonar.
- Não se firme somente no que você vê.
- Não no que vejo, mas no que eu sinto.
- A reciprocidade é para poucos, não se engane.
Apaixonar-me é algo tão ausente quanto o dia 30 de fevereiro.
Mas uma hora alguém teria que aparecer (reaparecer).
Ele me cativa pela singularidade que me apresenta.
Se o cara diz que ele é sortudo, deve ser porque sou do tipo
de mulher apaixonada que não gruda, não exige, não cobra.
Se apaixonar é liberdade e não aprisionamento.
É que tem pessoas que enraízam e cultivam um lugar no coração
de um jeito diferente, sem querer nada em troca.
Ele é livre e eu também, mas há conectividade sem igual e intensa.
É única. Diferente. Sem excesso. Linda e apaixonante.