CONSIDERE JESUS, BUDA.
CONSIDERE JESUS, BUDA.
Se tiver coragem na sua razão, passará pela utopia. Chegará a um momento em sua vida que você quererá tudo, mas receberá o nada. E não adiante tentar negar, deve assumir este nada: para se tornar verdadeiramente forte deve construir raízes em meio ao nada. A partir de então, escolherá uma cresça, um ideal para justificar esta utopia e a isto chamará de verdade. Esta verdade será as raízes do seu nada. Será seu modelo de universo.
O seu modelo de universo não será igual aos demais a sua volta, porque você construiu esse modelo, e os demais os seus cada qual a partir de suas referências. Logo, seja lá o que esteja pensando, a verdade nunca é uma só. Enquanto não enxergar isto sua verdade nunca será verdadeira, mas sim um preconceito proveniente da redenção maldita do tempo em que vive.
Este preconceito deriva dos costumes, moral, e atividade da cultura a qual está exposto. É um labirinto e muitas vezes referem-se a ele como o certo. É a verdade mais tola que pude ter contato, pois não leva em consideração nada além do que lhe cerca, nem a história já vivenciada pela humanidade, nem as demais culturas de seu tempo, e menos ainda as atividades possíveis a cada sujeito.
Dentre todas as verdades que já observei, a mais bela é a liberdade. Refiro-me aqui a verdadeira liberdade que consiste em não travar batalha com ninguém. Considere Jesus, Buda, que apenas assumiram a vida tal como se era sem culpabilizar ninguém. Isto sim foi uma verdadeira liberdade, um verdadeiro amor à vida.
Acredito que o problema está quando há uma tentativa de nos colocar a liberdade mencionada por estes como regra, como algo que deve ser seguido, e, se você deve seguir não há mais liberdade. Com isto, você poderá ficar míope diante da complexidade e subjetividade de cada indivíduo e, por conseguinte, sua verdade, muitas vezes (não considero uma regra), revela-se como preconceito. Então considere Jesus, Buda, considere também Nietzsche, Guy Debord, Jung... Considere o que quiser e fique atento a nossa vaidade alicerçada em cada opinião, inclusive em minha opinião, evidentemente.