Mundo de Veludo.

Enquanto brincávamos de sermos gente grande,

Tingindo de esperança as nuvens de algodão,

A chuva lá fora era cinza,

O suor da janela era de solidão.

Aqui as cores brincavam de vida,

E os sonhos exalavam um perfume sem igual,

Não lembro de sentir medo,

Ou de desejar outro momento senão aquele.

A luz dos meus olhos faziam um clarão,

Que escuridão nenhuma ousava tentar invadir,

Brincar de ser feliz era a melhor opção.

Pois não tínhamos medo de viver,

As lembranças ficavam bem guardadas

Em caixinhas douradas ao lado da cama.

Meus pés eram leves, eles tocavam o teto,

E de ponta cabeça eu via tudo diferente,

Não quero acordar desse sonho de olhos abertos,

Onde não conheço dor, e nenhum tipo de outro sofrimento,

Tudo me permite sonhar, sonhar dormindo,

Acordado ou em qualquer lugar,

Esse é meu mundo,

E ninguém pode me roubar ele,

Pois ele sempre será meu refúgio,

Quando a realidade não estiver tão interessante.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 23/01/2014
Código do texto: T4661793
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