Cobiça
Seja benigna aos meus olhos!
Não me fale de respostas
que já sei, e não ouso ouví-las
ficarei pois, em frangalhos.
Minha alma, instantes quieta,
com a cobiça, se precipita,
corre assustada, tropeça,
se desalinha.
Cobiça, prometa!
Deixar-me à sois,
não me desinquiete.
Cobiça enfadonha,
que vem dela a inveja
de seu descontentamento
consigo mesma,
Cobiça me esqueça!
Que sua ruína
em minha vida
seja caso impossível
da tristemente acontecer.