O CASÓRIO DE ZÉ BENTO (comédia teatral) ATO 2
(Gediana chega em casa e conta o acontecido a seu pai, Lunga.)
Gediana - Paiê, paiê.
Lunga - Que foi fiinha? Tá mais espantada que cachorro quando vê alma.
Gediana - Foi o Bento painho, ele tentou namorar eu!
Lunga - Ô menina burra, o certo é ele tentou me namorar!
Gediana - Uai, tentou namorar o senhor também?
Lunga - Não, seu canto de cerca, é o jeito de falar. Mas o malandro fez alguma coisa contigo?
Gediana - Fez nada não, Senhor, só quebrou minha cabaça,
Lunga - O QUÊ! Aquele filho de chocadeira me paga, Taca de trinta ele vai comer sozinho,
Gediana - O senhor vai matar o Bento, painho?
Lunga - Não, vou fazer pior, vou obrigá-lo a casar contigo, traste.
Gediana - Armaria, painho, num precisava ser tão cruel.
Lunga - sai da frente e me dê a espingarda, que esta semana vai ter festa ou velório. (Seu Lunga põe o chapéu e sai ao encontro de Zé Bento)