Leigos.
A linha tênue entre o querer e o fazer. O ponto exato em que a vulnerabilidade se instala dando espaço a correr mares de incertezas. As quais o fazem questionar. Por quê. Pra quê.
O torna inválido, e a única palavra que ressoa é apenas nada. Nada. Um vazio formado das decrescentes incertezas.
Mais uma vez a humanidade progride! Absurdo! Gritam me os leigos.
Um buraco negro inalcançável se abre num consciente desconhecido, onde a negação natural se faz ausentar. A hora da verdade. A evolução ou a criação? O céu existe? e o inferno está mesmo abaixo dele? Após a passagem, o que será de nós?
Porquês.
Os olhos se abrem pra uma realidade onde as futilidades se afundam imersas no lixo denominado "vida real". A "irrealidade", transcende.
Irrealidade. A qual serve de adjetivo para a crua verdade. Abantesmas cruzam-lhe sem menor pudor. Vistos apenas por quem quer enxerga-los.
Quem agora se faz em prantos. Desespero! "Irei morrer, a vida não faz sentido".
Faz, meu caro. A sua falta de percepção para ver as respostas lhe faz mais frágil. És fraco por não procurar mais. Vê-se imerso em tantas lágrimas que acaba por ofuscar sua busca, a existencialidade lhe assusta. Use-se de si mesmo, se hoje teimas em dizer que a vida é ilusão, procure. Procure a lógica. Pergunte aos fantasmas.
Eu achei. De onde veio a humanidade? de buracos. De um buraco negro com alguma mutação. Do buraco de nossa mãe. Do buraco que se abre quando algo é questionado.
Para onde a humanidade vai? Ah essa resposta!
Para a morte. O maior êxtase carnal, espiritual se preferiste acreditar.
Velhos sábios vivem a dizer, que toda felicidade tem sua consequência. A morte não.
"Absurdo!" -novamente. "A morte é trágica, sofrida!"
Não. É o único estado em que não há arrependimento. Não há consequências. A paz absoluta. O descanso eterno. A matéria desconstituída sem resquícios de saudades. O luxo do puro egoísmo.
É o céu, caso prefira-se denominar assim.
Porém é crucial que esteja preparado. Que a procure, pelas certezas ao invés dos infortúnios. Que a deseje para ser feliz, não para acabar com a infelicidade.
É exata por isso não deve ser procurada.
Tens seu próprio tempo por uma razão:
A morte é para os que já abrangeram o inferno.
Abrangeram a vida.