O esquecimento das necessidades reais e a extinção humana

A humanidade está caminhando ao seu fim e nada pode impedir que isso aconteça. O ser humano está cavando seu túmulo desde o início e a extinção está próxima. Tudo começa com um pequeno absurdo e termina em catástrofe, catástrofes reais que são mascaradas e aceitas pela mídia, que ainda ousa fingir que tudo está bem, e o único alerta que faz, está direcionado aos crimes cometidos pelo povo, marginalizando até pessoas de bem – onde poucos conseguem ver que, na verdade, todos são de bem. O roubo é incentivado pelo consumismo que o capitalismo prega, mas a sociedade decidiu tapar seus olhos, criando assim uma realidade de falsa suntuosidade, para criticar a favor das máscaras que nós mesmos criamos.

O desperdício em favor do lucro, a falta de altruísmo aliada ao pedantismo...

Os valores que a sociedade prega, estão muito distantes do que ela realmente precisa. Ninguém tem querer, só dever.

O interesse inerente da sociedade envolve somente o consumo: quanto mais eu tenho, melhor eu sou. Princípios que foram criados por uma mídia fascista e metódica, que consegue enganar tão bem a todos, que é defendida pela maioria.

A humanidade foi esquecida para dar lugar à materialidade exacerbada, e não há muito que fazer.

Eu não queria desistir, mas ao ver críticas e zombaria a uma opção de escapatória que propõe igualdade à sociedade, eu me vejo dentro de um impasse.

Vai do fino ao grosso: espaços que já foram de todos, hoje se encontram grandes empresas; nos espaços separados ditos públicos, encontramos a máscara da prerrogativa igualitária, da falsa democracia que vivemos, dizer qual é o nosso lugar, nos contar qual é o lugar de cada classe. E como se o absurdo já não fosse descomunal, nos deparamos com altos impostos ao mesmo tempo em que nos vemos sem educação, sem saúde e sem direitos; sem moradia e sem voz, enquanto estamos debaixo das asas de policiais corruptos, abusivos e desumanos que são acobertados e defendidos.

Os princípios que são ditados pela sociedade — que sequer foram criados pelo povo — envolvem opressão e repressão aos que querem seu espaço.

“BANDIDOS!”

“MARGINAIS!”

“DEPREDADORES!”

“MERECEM A MORTE!”

Um dia tudo foi nosso e agora não temos nada, nem o apoio do povo, que não consegue ver a condição que se encontra.

Vemos-nos rodeados de mentiras de quem diz cuidar da gente; vemos-nos sem teto, enquanto quem deveria nos dar, está nos tomando. Estamos desfalecidos, roucos e cansados, a luta mal começou e fomos obrigados a parar.

Nós, humanos, desafiamos até as leis cósmicas, porque queremos lucro, queremos ter, queremos ser alguém. Por isso produzimos mais do que podemos e mais do que precisamos, pois nos esquecemos que já somos alguém, porém, a falsa sociedade mascarada pela mídia e grandes corporações nos ditam o itinerário da vida.

As pessoas precisam de instrução para talvez recuperar forças. Mas olhando para o que realmente acontece e esquecendo o que almejo, me resta apenas assistir e esperar o fim, enquanto me contradigo e não desisto de lutar.

Larissa Stein
Enviado por Larissa Stein em 16/01/2014
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T4652336
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