ESMIRNA: VIVENDO EM UMA NOVA VISÃO

A IGREJA DE ESMIRNA

Apocalipse 2. 8-11

Introdução: Daremos seqüência ao Estudo: Cartas de uma Ilha Solitária, em que pudermos tirar três importantes lições à Carta direcionada a Igreja de Éfeso: Amar a Deus é: muito mais que defender uma verdade, amar a Deus é muito mais que ser zeloso em boas obras, e amar a Deus é muito mais que perseverar. Conforme aprendemos no estudo passado, estas Cartas são escritas pelo apóstolo João quando este estava preso em uma ilha penal do Império Romano chamada Patmos. Nesta ilha Cristo aparece para João e lhe entrega importantes receituários a serem entregues a sete igrejas que necessitavam da cura e consolo de Nosso Amoroso Jesus Cristo. Para alguns estudiosos o numero sete na bíblia significa a perfeição, portanto as sete Cartas simbolizariam o conselho perfeito de Deus para as igrejas de todos os tempos. Hoje estudaremos sobre a Igreja de Esmirna.

Igreja de Esmirna

A Igreja de Esmirna é a única Carta em que não foi recriminada por alguma falta. O Senhor Jesus não a exorta sobre falhas ou pecados, mas a entrega um receituário audacioso. Cristo orienta os cristãos de Esmirna a terem uma nova visão espiritual, e aqueles que a seguissem impactariam o mundo. Estudaremos a seguir este importante receituário entregue aos cristãos de Esmirna, a saber:

1° RECEITUÁRIO: UMA NOVA VISÃO SOBRE RIQUEZAS

A Igreja de Esmirna viviam com limitações estruturais, própria da época de grandes perseguições. Nessa época não existiam grandes templos cristãos, o povo de Deus se reuniam principalmente em casas e no auge de grandes perseguições realizavam seus cultos em lugares solitários.

A igreja de Esmirna é carente de recursos financeiros, e é composta por pessoas simples, pobre e rejeitados da sociedade (escravos, mulheres, crianças). Mas, Jesus afirma a eles que eles são ricos! (Ap. 2.9). Jesus em Mateus 6.20 nos ensina que devemos ajuntar tesouros nos céus, e é isso que a Igreja de Esmirna estava fazendo. O Senhor está parabenizando a eles por serem ricos em espiritualidade, ricos em Deus.

Precisamos nos dias de hoje ter igrejas com uma nova visão sobre riquezas, ser rico é:

1. Paixão pela oração,

2. Fé que resiste,

3. Compromisso com a santidade,

4. Dedicação ao serviço,

5. Amar ao Senhor e sua Palavra,

6. Disposição para sofrer,

7. Entusiasmo para proclamar a Palavra de Deus,

8. Paixão pelas Almas Perdidas.

2° RECEITUÁRIO: UMA NOVA VISÃO SOBRE AS PERSEGUIÇÕES

Calunias popular: Três grandes acusações circulam contra os cristãos:

1. Os cristãos são ateus: Pelo fato dos cristãos não participarem das religiões tradicionais, nem do culto imperial, supõem-se que eles não tenham nenhuma religião. Portanto, o equilíbrio espiritual da cidade esta ameaçado. Deuses se vingarão com calamidades, enfermidades, tremores de terra, fome, invasões bárbaras, etc.

2. Os cristãos praticam incesto: Se reúnem em refeições noturnas para se entregarem a orgias, às piores torpezas entre “irmãos” e “irmãs”.

3. Os cristãos são antropófagos: o corpo e o sangue ingeridos (Ceia do Senhor) são de uma criança vitima de um assassínio ritual.

Amplamente difundidas, essas calúnias não são aceitas por todos, mas gera um desprezo em relação aos cristãos. Comunidades judaicas e pagãs promovem propagandas anticristãs nas comunidades. O texto em Apocalipse 2.9 afirma estes dados históricos ao falar sobre blasfêmias dos que se afirmavam ser judeus, mas Jesus os vê como sinagoga de Satanás.

Precisamos nos dias de hoje ter igrejas com uma nova visão sobre as perseguições, ser perseguido é: Sofrer por ser cristão (1° Pedro 4.12-19). Jesus em Apocalipse 2.10 fornece o receituário santo a Igreja de Esmirna diante das perseguições: “Não temas”. Para que não temessem eles precisavam ter algumas verdades em suas mentes e corações:

1. Não temerei, pois: Sofro por ter o Espírito de Deus em minha vida, por isso me alegro (1° Pe 4.14);

2. Não temerei, pois Cristo esta comigo diante das fornalhas ardentes (Dn. 3. 22-29);

3. Não temerei, pois Cristo esta comigo diante dos ferozes leões (Dn. 6.19-23);

4. Não temerei, pois Cristo afirmou que terei recompensa nos céus (Mt. 5.11-12).

Portanto, Jesus está ensinando a Igreja de Esmirna e também a nós, que haverá perseguições e calunias levantada contra nós, mas não devemos temer, pois ELE não nos abandona nos momentos de dores. Cristo nos ensina que toda a provação tem um inicio e um fim. No caso de Esmirna 10 dias. E também nos conforta ao nos mostrar que mesmo os mais devotos cristãos estão sujeitos a terríveis perseguições e mortes por sua fidelidade a Jesus.

3° RECEITUÁRIO: UMA NOVA VISÃO SOBRE A MORTE

Jesus disse a Igreja de Esmirna: “Seja fiel até a morte, e Eu lhe darei a coroa da vida” (Ap. 2.10). Situações de morte e violência em tempos em tempos chegavam aos cristãos.

Como vimos anteriormente, havia falsos rumores sobre os cristãos, e para acalmar o furor popular, as autoridades pronunciam sentenças condenatórias contra os supostos culpados. Essa é a origem das perseguições.

Do imperador Nero a Diocleciano Galério foi 10 perseguições. Esta Carta a Igreja de Esmirna foi escrita durante o reinado de Domiciano (90-96 d.C). Que segundo os historiadores essa perseguição foi caprichosa, esporádica e centrada em Roma e na Ásia Menor. Os cristãos foram perseguidos por se recusarem a oferecer incenso em homenagem à inteligência do imperador. Houve muitas mortes, muitos mártires.

A palavra mártir significa testemunha (At. 1.8). O mártir dá testemunho de sua fé em Jesus, que é o seu único Deus e Senhor, excluindo qualquer outro deus e até mesmo o imperador. O mártir não busca o martírio, mas perante a morte inevitável não nega a Cristo é fiel até a morte (Ap. 2.10).

Precisamos nos dias de hoje ter igrejas com uma nova visão sobre a morte, o exemplo de Policarpo de Esmirna

Policarpo nasceu no ano de 69 d. C. em uma época em que os cristãos sofriam humilhações e perseguições constantes. Do primeiro ao começo do quarto século foram 10 importantes perseguições promovidas pelos imperadores romanos.

Policarpo foi discípulo de João, e foi consagrado bispo de Esmirna pelo próprio apóstolo. Diante as perseguições um grupo de cristãos foi acusado e condenado pelos tribunais, entre eles Policarpo. Este se encontrava em uma fazenda quando chegaram os soldados para levá-lo preso. Policarpo fez questão de alimentar os soldados, cumprindo o ensinamento de Cristo: “Se teu inimigo tiver fome de a ele o que comer”.

Enquanto os soldados se alimentavam pediu licença para ir orar, e buscou a face do Senhor durante longo tempo, e após orar acompanhou os soldados. O procônsul tentou convencê-lo a negar a Jesus. Mas Policarpo respondeu: “Vivi oitenta e seis anos servindo-lhe e nenhum mal me fez. Como poderia eu maldizer ao meu rei, que me salvou?”. Ante a firmeza do ancião, o juiz ordenou que Policarpo fosse queimado vivo.

CONCLUSÃO: Devemos ter uma nova visão sobre as riquezas, o importante é ser rico em Cristo. Vida abundante é ter uma vida que gera frutos espirituais que agrada ao Senhor. Devemos ter uma nova visão sobre as perseguições, e nos alegrarmos quando maltratados e perseguidos, pois é evidência do Espírito Santo em nós. Todos os cristãos estão sujeitos a perseguições, mas toda a tribulação tem um inicio em um fim. Devemos ter uma nova visão sobre a morte, como testemunhas de Cristo estamos sujeitos a morrer por nossa fidelidade a Jesus, mas não devemos temer, pois receberemos a coroa da vida.

O Pastor
Enviado por O Pastor em 14/01/2014
Código do texto: T4648850
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