ESCRIVANÇAS DE UM POETA ERRANTE

Eu até convidaria, você leitor

A viver na realidade do meu mundo

Todavia, para ti, o melhor sabor

É acompanhar os rabiscos deste vagabundo

Poeta errante, que transborda sentimento

Escreve com o coração, a caneta, a alma

E outra dose de discernimento

As vezes uma ideia que agita ou que acalma

Depende do estado metafísico

E do transbordante sentimentalismo

Com palavras simples, como as de um astrofísico

Envolve paixões com instrumentalismo

De palavras insossas com sabor de limão

E de outras tão adocicadas

Quanto um mal cozinhado feijão

Que deixam as mesas menos cobiçadas

A atração pelo amor, por aventuras

Demonstra um coração indomável

Que já passou por muitas amarguras

E ensaia um modo impenetrável

De sobreviver às maldosas palavras

De bocas cheias de curvas sinuosas

Que repetem amor, causando desgraças

Depois de noites de amor tão maravilhosas

E assim leitor, na clareza destes rabiscos

Preparo-lhe pra palavras cheias de nuances

Que no papel parecem apenas riscos

Mas que no fundo abrigam muitos romances.

Eder Moraes
Enviado por Eder Moraes em 13/01/2014
Código do texto: T4647283
Classificação de conteúdo: seguro