ESCRIVANÇAS DE UM POETA ERRANTE
Eu até convidaria, você leitor
A viver na realidade do meu mundo
Todavia, para ti, o melhor sabor
É acompanhar os rabiscos deste vagabundo
Poeta errante, que transborda sentimento
Escreve com o coração, a caneta, a alma
E outra dose de discernimento
As vezes uma ideia que agita ou que acalma
Depende do estado metafísico
E do transbordante sentimentalismo
Com palavras simples, como as de um astrofísico
Envolve paixões com instrumentalismo
De palavras insossas com sabor de limão
E de outras tão adocicadas
Quanto um mal cozinhado feijão
Que deixam as mesas menos cobiçadas
A atração pelo amor, por aventuras
Demonstra um coração indomável
Que já passou por muitas amarguras
E ensaia um modo impenetrável
De sobreviver às maldosas palavras
De bocas cheias de curvas sinuosas
Que repetem amor, causando desgraças
Depois de noites de amor tão maravilhosas
E assim leitor, na clareza destes rabiscos
Preparo-lhe pra palavras cheias de nuances
Que no papel parecem apenas riscos
Mas que no fundo abrigam muitos romances.