*Das Crônicas: O Pão nosso de cada dia
Escrito por Alice Pinto
O ESTADO MÓRBIDO DA INDIFERENÇA
Pessoas boas te trazem felicidades, pessoas “ruins” te trazem experiência, e as pessoas “más” te trazem uma lição. Em todas as ocasiões você ganha! Todas as experiências são válidas e só nos enriquecem, dependendo de como se olha. Quem tem que ficar, fica. O que é verdadeiro permanece e o que não é, some!
Recentemente tive a grande oportunidade de vivenciar, a questão do estado psicológico da indiferença, do descaso nas relações entre pessoas. Aproveitei a riqueza deste momento, para observar as reações que me mobilizavam, internamente, tal experiência: Inicialmente, afloraram em mim, significativas preocupações em relação a pessoa sumida. Realmente, tal sentimento foi extremamente, inquietante, desconfortante de tal forma, impactante. O que poderia ter ocorrido a tal pessoa? Não atendia as ligações telefônicas e telepáticas, aos vários diagramados e-mails. Teria ficado doente, acaso teria morrido, sei lá...Confesso que bastante perplexa, pela total indiferença, a falta de notícias, sem nenhuma explicação plausível, sem direito a saudável interlocução própria das pessoas experientes e maduras, impotente, senti-me muito triste, por nada poder fazer e saber, diante de tal condição, já que havia uma relação, que supunha da minha parte, de afetuosa amizade, companheirismo. Com base na teoria de que, nem sempre, o que pensamos e o que mostramos de nós mesmos e em relação aos outros, na grande maioria das vezes, pode não ser o real, mas sim, o transitório, a falsa personalidade em ação, e que de nada temos a segurança da confiável certeza, reflexionei enfim, que só o tempo, que é o senhor da razão, traria a luz, o sentido insofismável desta incógnita! Após muito aguardar por um sinal de vida desta pessoa, meu semelhante a quem respeito, (pelo breve e precioso encontro ocorrido), para que pudesse assim, tranquilizar a minh'alma, quanto ao bem estar da mesma, perguntei aos meus próprios botões: E se tudo isso que pensava, não tivesse sido? A verdade sempre um dia, se mostraria, refletia ainda em agonia...Só me restava então, aguardar e ou lamentar tal atitude por demais bizarra, esdrúxula, ou até mesmo doentia que parecesse.. Tudo é mesmo possível acontecer sobre este solo sagrado! Provável até que, tal pessoa, adoecida psicologicamente, surtara, fora internada por tal razão e ou ainda, se dissimulada, possível que fosse, utilizando-se deste mecanismo de defesa da indiferença, descaso, devido a uma relação transferencial negativa com mulheres;, contrairia envolvimentos outros, passageiros, descartáveis, que o impediria a comunicação, com liberdade de expressão, seria então, um prisioneiro de si mesmo, pela falta da sincera interação, necessitando assim, de cuidados, provavelmente. Mas, analisando a questão do ponto de vista comportamental, se tal atitude, passasse pela via do caráter, não seria mesmo merecedor sequer, da sincera amizade desta dama dos versos, atenciosa, tão gentil e carinhosa...Todavia, sem mais interlocuções e conjecturas sem fim, sensato mesmo seria aguardar, a pessoa se pronunciar!
E não é, que, surpreendente, a boa notícia gentil finalmente chegou, para o restabelecimento da nossa tranquilidade e da satisfação renovada!
Para os interessados em refletir a respeito das relações, aqui vai uma pausa para meditação: Na Lei mecânica da Natureza, transitória, incluem-se os estados de Amor e Ódio. Estes, são estados localizados em polaridades diametralmente opostas; em posições extremas contrárias. Ambos são emoções inferiores, egoicas, da ordem da paixão, bem definidas, no campo eletromagnético das ambiguidades, que circulam de um extremo ao outro, em nosso país psicológico, segundo o nosso estado vibracional, em razão das vivências positivas e ou negativas. Estados estes, desenvolvidos ao longo desta e ou de outras existências, na relação com o outro. Presos a esta Lei puramente mecânica, de amor e ódio, da ordem dos instintos, apenas carnal, material, a grande questão que nos assola é que: sempre um estado deste inferior, irá remeter-se ao outro extremo estado inferior, incessantemente, devido a mecanicidade deste movimento que é repetitivo, e que nos coloca de cheio, como vítimas das circunstâncias, sempre. Contudo, para a nossa Felicidade e Alegria, diante do altar do discernimento, da compreensão e da maturidade psicológica, nos surge o Amor, porém o Amor Consciente, que não é da ordem das ambiguidades polares, mas sim, da ordem do Self, da Essência, do Compromisso, da Lealdade, do Respeito ao sentimento do outro, dos reais Valores Humanos...
Radiante 2014 para todos que passarem por aqui e que a Alegria, a Prosperidade, sejam uma constante em seus diário viver! Que continuemos com o entusiasmo que nos é singular, neste universo das letras, das relações, adentrando a infinitos mundos afins, mesmo e ainda que, em dado momento, nosso coração sangre. Meu carinhoso, especial Abraço aos Poetas e Poetisas, e aos corajosos colegas, profissionais revolucionários, que cuidam de pessoas...
Alice Pinto
http://youtu.be/z-ttrQ38mOc
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