Surdez que nada vê, cegueira que nada ouve.
Há quanto tempo não escreves?
Há quanto tempo não meditas?
Há quanto tempo não ficas sozinha?
E há quanto tempo não precipita a tempestade dos teus medos e solidões?
Quanto tempo faz desde a última vez que desenhou?
Que silêncio é esse que carrega na face?
Que amargor é esse que traz nos lábios?
Que distância é essa que mostras no olhar?
Quando andas, andas erroneamente,
tens tropeçado, parece tonta, parece perdida,
o passo firme agora vacila,
o equilíbrio parece buscar no horizonte,
quando outrora fora dentro de ti que encontrara cheia a fonte
da tua paz e plenitude.