A PELE QUE HABITO
A PELE QUE HABITO
"Ensinaram-me a não gostar de mim...
Então preferi manter-me distante.
Deste o ventre materno sou dependente.
Não sei se sou indivíduo ou a massa...
Quero querer, sentir, experimentar.
Mas vivo atada ao cordão psicológico familiar.
Carrego comigo o peso imensurável da reconciliação quase que impossível com a pele que habito.
O fardo de um amor que reluto em sentir.
Amar-me... Conhecer-me...
Em vão, procuro a mão invisível de Deus, para consertar-me, mas já é tarde... Estou pronta!
Então só resta-me agora resgatar a soberania da pele que habito."
Escrito Por Clemilza Maria Neves de Oliveira