Pertenço a algum lugar
Com qual propósito uma vida humana é gerada?A resposta é por demais complexa para caber em simples linhas. E se fosse simples, poderia ser o destino da Raça Humana viver sem ter a paz? Ou seria a paz, morrer envolto em glória delegada pela capacidade de amar? Ainda exige um bom tempo, talvez mais que uma vida.
Cada sacrifício, uma luta pessoal, pode ser comparada a uma folha que caí morta, sem nunca ter encontrado um significado de sua própria existência? Caberia a ela pensar, ou o simples fato de ter sua liberdade ao se desprender e cair, poderia ser a resposta mais simples a todas as questões da vida?
Ainda que separados por motivos além de nossa compreensão, um elo não se apaga frente a distância que se faz presente, por não enxergarmos que a vida pode ser mais que uma peça de arte, uma realidade que não convêm aos nossos desejos?
A vida pode ser uma passagem, pois seriamo-nos uma peça de arte, um caminho? Contra toda nossa impossibilidade frente a forças maiores podemos ser mais sementes que farão a colheita do amanhã, assim mais um alimento para a Terra?
Porque mais que uma Irmandade, uma família, não podemos ser alimento uns para os outros? Como poderíamos negar que a felicidade é plena se partilhada, tanto quanto a solidão é a dor e tristeza de não ter algo completo?
Então qual questão seria sublime, a vida de dúvidas e incertezas ou a vida de respostas e passadas concretas?
A Guerra que gera a dor e traz a ordem de paz, ou até mesmo a paz que vem após a dor, para a morte sem sofrimento?
A sabedoria o simples dom, que faz o poder para mover o Mundo e o Mundo que doa a força para criar os sábios? Às vezes não precisamos de respostas, só de verdades para somar a nossas perguntas. Dons para completar as nossas falhas e ações para curar nossa inépcia por não crer que somos partes de um todo, nossa maior riqueza.
O único erro é viver sem amar nossa condição. Querer viver sem ter medo e cegar-se pela armadilha excêntrica da coragem, não ter coragem para superar nosso medo e não ter medo daquilo que somos pequenos demais, para se quer tentar vencer sem devoção e admiração.