Minha Cabeça

Tenho medo dos meus pensamentos, de expressa-los

Mas eles são o que eu sou, tudo que posso ser, tudo que posso fazer

Confesso que, às vezes, ainda sinto a lâmina fria no meu pescoço,

Ainda sinto à loucura que um dia passou intensa por mim.

Hoje me resta uma loucura contida, queria poder liberta-la,

Contudo, ela seria fatal, letal, mortal.

Falaria dos planos, da saudade da infância, da vida que não vivi

Que me foi roubada antes de entender como se vive nesse mundo.

E o tempo passa...

Pessoas me roubam tempos, amores, pudores, ingenuidades,

Purificações.

Carrego um peito ferido, estilhaçado

Que tenta todos os dias se recompor

E você chega tão serena, tão vívida, tão apaixonante

Me traz paz, alegrias.

Perdoe esse meu coração tão machucado que não consegue se curar tão rápido

Desculpa essas angustias e medos tão vivos,

Perdoa essa alma que, às vezes, parece tão cansada, tão velha.

É tantos "tão"..

Mas esse mesmo coração que sangra, bate tão forte por ti

Esse corpo que carrego se esforça tanto para te acompanhar que ganha forças sem perceber.

Essa alma se reconstrói com teus sorrisos

E acalenta com teus abraços.

Perdoa a criança de alma cansada que existe aqui dentro,

Em alguma vida ela irá crescer o suficiente para curar todas as feridas expostas,

Enquanto isso, vou crescendo de forma lenta, dolorosa,

Mas que me salva todos os dias quando aparece,

Quando lembro do teu sorriso,

E quando lembro que tens o meu melhor.

E por fim, perdoe essas palavras.