DE PORTAS ABERTAS
Houve um tempo em que a vida era mais fácil. Pessoas mais civilizadas e mesmo em situações divergentes, o ajuste de contas era muito mais suave.
Amizades se encontravam para atualizações frequentes. Amantes a moda antiga, pais dedicados e filhos honrados.
Parentes, familiares se esforçavam para que a saudade não fosse alimentada.
Professores davam tudo de si, querendo ver conceitos desdobrados, líderes colimados e interessados no bem comum, políticos comprometidos com a Nação e suas metas alcançadas.
O mundo sobre o ponto de vista da sabedoria, a humanidade tocada de anseios que desenvolvessem senso de ética e a fé exercendo um papel principal para a ordem e o progresso.
Hoje... a procura pelo semelhante não possui mas aquele sentido. Sentido de vê-lo de bem com a vida e feliz por existir.
Parece que nos tornamos "ilhas". Que nosso isolamento é o que nos trará segurança. Mas essa forma de agir e pensar não passa de ilusão, onde o preenchimento é mais vazio e a paz fica distante.
Será que podemos reverter esses quadros e reencontrar essa sabedoria na esperança?
Nosso próximo é um espelho e é também, a única forma de nos visualizarmos. De vermos nossos erros e acertos e de encontrarmos Deus.
Sem esse elo de amizade seremos seres impenetráveis, cujo sistema se perde no cosmo e no macrocosmo.
A natureza tem muito a nos ensinar. Pois, nela não existe um senhor que aprisione nem reféns, mas a generosidade que se doa e que consagra ao ser contemplada.
Olhai ar árvores que vivem transmitindo todo tipo de gratuidade. Até suas cinzas são comungadas de paz. Nascem prestigiando a edificação dos nossos pulmões e partem servindo conformadas de prestígios.
É preciso despertar do pesadelo que habitou nossos templos.
Somos filhos de Deus e portanto, deuses. E como deuses é nossa vocação cuidar bem um do outro.
Deuses não machucam, não ferem, não matam, não odeiam e principalmente, não destroem a moradia dos deuses.
Deuses apenas, amam, servem, cultivam os melhores sentimentos e realizam na casa coração a obra de Deus!
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.