Ilusão de sorte
Lembrança do dia 22/12/2013
Eu: de que adianta vir até a aldeia do Papai Noel, até a casa dele, até a fábrica dele, até o quarto dele e não encontrar o homem?
Minha mãe: você é bobo! Papai Noel mora no coração de cada criança...
Eu: no coração, é?...
Entre uma inevitável piada de biólogo e estragar todo o significado dessa resposta, preferi o silêncio.
O mesmo silêncio de quando, ainda criança, vi o presente ser comprado pelo Papai-não-Noel. O mesmo choque, talvez. O mesmo gosto de não-sei-o-que-é-natal-sem-mentira.
E a gente cresce e vai aprendendo a se desiludir com as coisas. Somos vacinados contra a desilusão. Faz mal, é ruim, não pode. Pé no chão é o caminho! Ok, eu concordo também.
Mas quer saber? Hoje não vou tomar minha pílula de consciência e realidade. Só por hoje.
Olhei pro lado e acabo de ver uma criança sorrindo de frente pro trenó vermelho... tive a certeza de que a minha mãe, como sempre, estava certa.
Existe um tal espírito natalino que nos comove, nos deprime, nos emociona... que mexe com cada um de uma forma! Este ano, o espírito fez algo que parecia impossível: me deixou mais bobo.