Sem rumo.
A minha vida já tomou um gole de tristeza nos dias tenebrosos, mas dessa vez está tudo diferente. Não bastasse um gole sedento, ela deu de tomar a garrafa inteira e tudo por causa de um coração deixado de lado, esfolado, pisoteado. Agora, acho que fiquei sem rumo. Vago pelas ruas durante as noites frias escutando o que a brisa congelante tem a me dizer, mas tentando encontrar no ruído que ela faz nas minhas orelhas, as doces palavras de uma gentil donzela, que costumava dizer a mim que sou único no mundo e que nunca me deixaria sozinho na noite fria.