Balaústres

Silenciosamente ela cai.

Por motivo, sem motivo,

momentâneo, e tão sem pressa.

E como nada se desfaz.

Uma gota, mera gota,

sempre solta como eu.

Naco em uma parte,

que de vazio realça

incessantemente a arte

feita por um deus.

Ao desígnio ocupar

um porto, um lugar

divino, enlaçado ao teu.

Nesse giro, eterno grito

um delírio, num auxilio das tuas mãos.

Desestima em sétimo céu, negros dos olhos

após o veo, a tal lágrima como o giro de balaústre.