Relações Humanas
Os laços vão sendo o adorno dos presentes de Natal, que já aponta os seus primeiros acordes com luzes e corais nas esquinas.
Por outro lado, os laços de estima são desenvolvidos em cada pedacinho de afeto, atenção e dedicação ao longo dos dias.
Nos dias límpidos, não sabemos o que existe por trás do olhar de cada pessoa, nem sabemos se há sombras na direção onde o outro posiciona o seu olhar. Se se inclina para a luz ou se move em direção a um vasto campo de projeções incompletas. A relação humana posiciona o outro a nos questionar sobre as nossas atitudes. Relações baseadas na racionalidade fazem ecoar as nossas responsabilidades, feito o coral natalino que deixa as esquinas mais bonitas e lançam os sons baseados nas melhores intenções, projetando o próximo para instantes de nostalgia. O olhar do ser humano reage a qualquer sensação.
E, na época de final de ano, ele, geralmente, fica marejado nas confraternizações.
Os abraços são de esperança…
Os presentes alegram qualquer criança…
Os adultos brindam mais um ano, trazendo no peito a confiança.
Refletem…
Podemos, no entanto, ver as luzes das árvores e das vitrines de Natal se refletirem nas pedras das calçadas e, muitas das vezes, ficamos pelos vidros a observar os que habitam nas calçadas e, assim, percebemos o outro lado de uma relação humana. Nessas festividades, vamos revestindo o olhar com mais humanismo e contribuindo com doação.
Doação que não pode ir embora com as chuvas torrenciais, deve lavar o íntimo a cada vez que nos lembrarmos do próximo, para que a generosidade não se dissolva. São os dias prósperos que nos aguardam e que, neste clima de festa, ecoam nos quatro cantos das cidades.
São as músicas, diálogos que não retornam, são as datas especiais, a manjedoura que lembramos, tudo isso parece impregnar, em nossos pulsos, a emotividade, igualando-se aos acordes dos raios solares, estes tocam lentamente na atmosfera…
Os sinos e as luzes do Natal já distribuem o brilho e o encanto em todas as esferas e por todos os laços de afetividade, mesmo que as esquinas estejam despidas de afeto e revestidas com papelão nas calçadas.
Já que devemos vestir o nosso dia a dia com os primeiros raios de esperança que impulsionam os nossos batimentos cardíacos, o astro regente do nosso corpo que embala os convívios e nos posiciona a um sentimento chamado amor que nos projeta e nos direciona a luz das relações humanas.