A Paz Não Governa
A paz que permanece assentada no trono de seu inabalável significado não apascenta dores tão nossas de cada dia.
A paz da fala a nada transforma a não ser sua própria forma na boca dos sãos e dos loucos sua audição.
A paz não pode se recolher tão cedo dos planos tantos do trabalhador que se ergue junto a madrugada para se cansar após todo sol adormecer.
Nos bosques há paz que muda o desânimo. No bosque dos peixes que já foram coloridos há paz que cala todos nós tolos e que não enxergaram a areia que marcou o fiel da ampulheta.
Agora, bem nesse momento, em algum lugar o sol mostra esperança de que a paz que não obedece limite humano fará se notar...
A paz que não governa o homem não é paz em que se possa confiar.