Como Sou, O Que Sinto.

Tento conter-me, demostrar tranquilidade,

Ímpeto dentro de mim contido,

sentimento louco acuado como bicho;

Sou riso e lágrima,

Sou grito e silêncio,

O agito e a calma,

Sou calor e sou o frio,

Sou a paixão e o amor,

Neste exato momento sou tudo isso e um pouco mais;

Eu me importo quando ao mesmo tempo ignoro,

Eu me calo quando todo meu ser fala,

Prisioneira de mim sou livre para quem me ver,

Sou bicho a espreita da presa sem esquecer-me do predador,

Sou a água fria que quebra a fervura,

Sou fogo que incendeia quem me tocar.

Expressar-me te espanta?

Imagine se provares minha reação diante de sua ação,

Para confessar o que a alma sente,

Expressar em atos o que é guardado no coração,

É preciso mais que coragem,

Precisa-se de discernimento, e controle da própria mente.

Ser humano é isso, face inocente e instinto selvagem.

Posso mostrar-me dócil como esperam que eu faça,

Posso dar de mim o melhor como me pedirem,

Mas tenho em mim o que chamam de transparência,

Posso me conter e ao mesmo tempo explodir,

Posso aceitar e de repente rejeitar,

Digo meu não e ao mesmo tempo meu sim,

Me veja da forma melhor que lhe couber,

Confusão de sentimentos? De personalidade?

Não; apenas deixo transparecer o que sou,

enquanto muitos por medo

preferem viver de aparências.

Mayra Rosa
Enviado por Mayra Rosa em 14/12/2013
Reeditado em 14/12/2013
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