Como Sou, O Que Sinto.
Tento conter-me, demostrar tranquilidade,
Ímpeto dentro de mim contido,
sentimento louco acuado como bicho;
Sou riso e lágrima,
Sou grito e silêncio,
O agito e a calma,
Sou calor e sou o frio,
Sou a paixão e o amor,
Neste exato momento sou tudo isso e um pouco mais;
Eu me importo quando ao mesmo tempo ignoro,
Eu me calo quando todo meu ser fala,
Prisioneira de mim sou livre para quem me ver,
Sou bicho a espreita da presa sem esquecer-me do predador,
Sou a água fria que quebra a fervura,
Sou fogo que incendeia quem me tocar.
Expressar-me te espanta?
Imagine se provares minha reação diante de sua ação,
Para confessar o que a alma sente,
Expressar em atos o que é guardado no coração,
É preciso mais que coragem,
Precisa-se de discernimento, e controle da própria mente.
Ser humano é isso, face inocente e instinto selvagem.
Posso mostrar-me dócil como esperam que eu faça,
Posso dar de mim o melhor como me pedirem,
Mas tenho em mim o que chamam de transparência,
Posso me conter e ao mesmo tempo explodir,
Posso aceitar e de repente rejeitar,
Digo meu não e ao mesmo tempo meu sim,
Me veja da forma melhor que lhe couber,
Confusão de sentimentos? De personalidade?
Não; apenas deixo transparecer o que sou,
enquanto muitos por medo
preferem viver de aparências.