"Vergonha parece um galho que se inverga do céu sobre a terra"

Não me envergonho do que já fiz; houve um tempo que quase morro por ela, envergonhada, um laço no galho como se fosse meu pescoço, e quase morro com a ponta no fundo do poço.

Não me envergonho do que chorei,
Se amei, sofri e no fim com muito esforço e envergonhada sobrevivi.

Não me envergonho se não sabia que era preciso viver as tristezas e as solidões que foram verdadeiros vilões.

Não me envergonho de dizer o que sentia, meus galhos se partiam ao meio
do galho verde daquela árvore sem raíz.

Não me envergonho do meu rosto aparentar mais velha naquele mês de maio,
foi justamente alí que meus olhos rebeldes se alinhavam.

Não me envergonho de nada, pois de tudo isso , hoje  canto que estou feliz, foi assim que te conheci.

Aquele galho envergado, envergonhado...já está se preparando para criar forças no solo, e da luz enxergar o que a vida oferece do triste ao belo,e vice versa - verso.

Somos plantações semeados na terra deste UNIVERSO.



 
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 11/12/2013
Reeditado em 11/12/2013
Código do texto: T4608207
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