O futuro

Em um mundo onde todos nascem iguais, a desigualdade dos que já cresceram destoa dos fundamentos de quem está chegando neste planeta de regeneração. Mas isso é assunto apenas para quem acredita em reencarnação. Hoje quero falar das oportunidades que jogamos fora, quando alçamos voo e começamos a construir por nós mesmos o nosso futuro.

Já liberto dos laços familiares que até então regiam minha vida, quis traçar pelas minhas próprias mãos o meu destino no futuro. Não imaginava porém, que devido as inúmeras facilidades encontradas na vida mundana, minha tendência por falsas alegrias e tesouros jamais existentes, iria mais tarde chorar o esquecimento do aprendizado no seio familiar. Família, uma célula que está se contaminando com prazeres imediatos, devido o aceleramento da tecnologia e avanço da mídia, trazendo a ela o desejo de consumir sem antes analisar o depois e, é esse depois que muitas vezes corrói o seu alicerce, desmoronando-a.

Muitas vezes deixamos de seguir conselhos apenas por capricho, por achar que sozinhos conseguiremos determinar nosso futuro se mais atropelos e é ai, que depois de muito sofrer caímos na real e talvez o concerto já está bem comprometido. Me lembro de ditados que antes não dava a mínima e hoje me arrependo de não tê-los seguido. Mas a vida continua e com ela a experiência, que nos leva de volta ao caminho a ser seguido, caminho este esquecido na juventude pior achar muito estreito e espinhoso, ora os espinhos fazem parte do conjunto de uma vida de vitórias, se não fosse por eles não chegaríamos ao topo cientes de que valeu muito a pena o sacrifício de lutar para não errar mais.

Hoje, ao olhar meu caminho percorrido sempre vislumbro ali suas marcas profundas (dos espinhos), me incentivando a não parar e sempre estar em busca de algo mais. Mais um ano se foi e com ele vai também tudo o que fiz de errado, mas ficando as marcas para que eu não volte a fazer de novo aquilo que me fez perder tempo na evolução. Um novo ano se aproxima e traz novamente todas as oportunidades que terei de provar a minha melhora, por isso a necessidade de valorizar o bem mais precioso que já conheci até aqui, a família. E é com esse pensamento que me despeço dizendo, por mais que volte na vida a encontrar espinhos, saberei esquivar-me deles para colher apenas as flores que alegrarão o meu futuro. Um até breve.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 07/12/2013
Reeditado em 09/12/2013
Código do texto: T4602191
Classificação de conteúdo: seguro