Cadê o Código de Leis Emocionais?
Ah, se minhas mãos tivessem acesso ao Legislativo... seriam armas vingativas em prol dos vitimados. Não entendeu o que quero dizer? Bem, já explico: existem tantas leis, mas esquecem de uma fundamental, uma lei que puna os ladrões emocionais.
Isso mesmo! Não é da alçada de ninguém invadir o território alheio, furtar o que lhe convém, fugir e deixar a vítima à deriva.
Como pode um agadanhador desse permanecer voando por aí, enquanto a presa jorra lágrimas de sangue, tem feridas desoladoras, padece dores exprimíveis ante dias desapontados?
Ah, quisera encarcerar meu ódio no lugar do malfeitor, quem dera conseguir. Mas algo aqui dentro espera a chance de cuspir a raiz de amargura fundida em desprezo bem na face de quem me roubou, quando em suas mãos estiver acabando o débito da minha felicidade roubada.
Talvez só depois disso eu consiga andar de cabeça erguida, zerando meu passado, construindo um presente e ser cidadã justiçada no Estado do Amor.
Talvez...