O Mister do Dedal
Nas mãos de bom alfaiate, imprime o metal sua pressão sobre o alfinete, tenha ele cabeça de vidro ou aço...
Poucas vezes ser flexível em sua estrutura e curvar-se bem afiada ante as tramas do pano torna a agulha imune ao toque rápido daquele que a domina...
Os tecidos sobre a mesa dos atos às vezes se amontoam soltos, outras molham-se quentes reparando a goma que lhes dão. Tem sempre alguém felicitando cortês o vinco bem cuidado (de nada vale mais isso) com ar de desdém em figurino fora do tempo. A moda passa e vai mostrar quão piegas enfeitava seus donos e ela se vinga iludindo inda mais quem deixou-se vestir sem consultar seus dons...
Mas, solene reina esse chapéu de dedo maldito. Finca o cravo na trama das velas, dos circos, do pano de chão. Tanto faz para onde segue o ferro. O que importa é o corte da roupa em sua estrutura em ordume da alma simples onde quem segura o prego toma surra do dedal sem arte, feio mas com a desgraça da pressa chamada determinação.