Rascunhos
Descobri um uso a mais para o espaço "rascunhos" do Recanto das Letras: se alguma coisa me aborrece, deixo lá o que me incomoda, em banho-maria, como se diz, por dias a fio. Acrescento, diminuo, desabafo. Na maioria das vezes, eu acabo apagando.
E estes escritos ficam por lá, onde não causam polêmicas ou perturbam a paz de ninguém. Acho melhor assim. Este é um site de escritores, e deve ser tratado como tal por seus usuários.
Muitas vezes, sinto vontade de explodir, de colocar para fora tudo o que eu sinto e desmascarar certas pessoas; daí, eu me recordo de que já fiz algo assim no passado, em 2008 - há cinco anos - e até hoje sou apontada por causa daquilo. Porque as pessoas gostam de sangue. Elas querem sangue, elas querem motivos para comentar e apontar os erros de alguém e dizer: "Viu como eu estava certo? Ela não mudou!" Falam tanto dos defeitos dos outros que não veem as próprias calças rasgadas e as nádegas sujas de fora.
As pessoas gostam de nos acusar daquilo que elas mesmas fazem. Na psicologia, isto se chama projeção. Nos livramos do que é desagradável encarar jogando-o sobre outras pessoas. Rotulamos ous outros e os colocamos em prateleiras, como "Anjinhos" e "Diabinhos". Não existe meio termo, não existem pessoas que erram e tentam melhorar; existem apenas as pessoas das quais gostamos (anjinhos) e aquelas que não apreciamos (diabinhos). E as que estão classificadas no segundo grupo, jamais serão vistas de outra forma.
Alguns escrevem absurdos e nos convidam a irmos até as suas páginas e deixar uma resposta, nos desafiando e nos chamando, literalmente, 'para a briga.' Se caímos na armadilha e aceitamos o 'convite,' eles aproveitam nossa fraqueza para repetir o antigo chavão: "Eu não falei? Viram só?" Se nos recusamos, passam a nos odiar e falam mal de nós como se nos conhecessem. Colocam até mesmo membros de nossas famílias - vivos ou mortos - em suas histórias. E nada os faz parar!
Tentando agir diferente do que fiz nas outras vezes, passei a ignorar, e isto parece aumentar ainda mais a fúria dessas pessoas, que insistem em gotejar veneno em tudo o que fazem. Ou seja: nada os faz parar. Apenas a cura para a própria doença, através de um tratamento eficaz, poderia mudá-las.
Escrever é o que mais gosto de fazer e jamais - repito - jamais deixarei de fazê-lo, quer gostem, quer não, aqui e /ou em outros espaços. E mesmo se não houvesse um só leitor em minha escrivaninha, ou em meus seis blogs, ainda assim, eu escreveria. Porque eu tenho este direito. Porque eu gosto, porque eu quero, porque me faz bem.
Não me digo perseguida, pois este é um rótulo frequentemente usado pelos fracos cheios de auto piedade. Prefiro não me definir desta forma. Mas talvez haja uma explicação, e quem sabe, eu um dia eu a encontre... enquanto isso, eu escrevo. E antes disso, eu escrevia. E depois disso, eu escreverei.
Abaixo, alguns dos adjetivos usados para referir-se a mim por alguém que se diz 'perseguido' pela minha pessoa:
Insana – criminosa – perversa – fétida - cega – covarde – insolente – macabra – desocupada - infeliz - hedionda - animal - bestial - ave de rapina - vulgar - canastrona - carente - infeliz - mal-amada - lacraia - indolente - mísera criatura - pervertida - alma doente - escrota - demônio - morcego - corvo - hedionda - bizarra - cobra - linguaruda - desumanamente nojenta - etc...