Aceitação
E até onde vão as nossas compreensões sobre as verdades pesadas que temos a nossa volta. Qual o limite do nosso limite para conviver com a falta e separação de algo que se firmou, e como disse um conhecido, o conforto que fizemos ser durante a temporada. É tão babaca a forma como deixamos nos envolver perante a sensualidade do momento que escutamos algo, que sentimos, nos dando a desculpa que é a carência ou nos fazendo pensar que estamos a tempos tão solitários que quem sabe a pessoa que está à nossa disposição não seja antônima das demais que afetivamente não te agradaram, pois como já dizia um autor: "o que trocamos um com o outro é a própria solidão". E lá se vão todos seus conceitos, seu auto respeito e determinação para abrir um pequeno fleche de esperança sobre um sentimento oculto, onde você não sabe pra onde está indo nem do que será capaz de fazer, apenas pegar o pacote e assinar um termo de que serás responsável por tudo que nele contenha, e na certa não irá acabar bem. Aliás, sortudo de quem encontra o pacote e nele venha um ticket de boa sorte você conseguiu o pacote dourado apesar de todos os empecilhos que nele esteja ele foi feito sob medida pra você. Quero dizer, possa ser que exista um equilíbrio entre pessoas que encontram e permanecem com seus amores e aquelas que vivem em uma busca e experiências infinitas de decepções e farsas. Tentamos cada vez mais recomeçar de uma maneira diferente mas sempre cedemos ao mesmo sentimento, será que isso faz mesmo parte do nosso papel, viver quebrando a cara passar um tempo na rehab depois quando tudo estiver ao seu agrado você procurar ou encontrar outra pessoa que quebre ou arrase tudo que você reconstruiu e assim ir vivendo até que finalmente apareça alguém que te cicatrize os pedaços que faça com que os remendos sejam curados. Ou simplesmente, sua sina seja essa, ir vivendo de cada pessoa um pouco, e ir-se moldando conforme o que elas escolhem deixar para você. Uns se tornam amargurados, outros desesperançosos, e outros mais, totalmente egoístas, cada um vai se voltando para si da maneira que lhe convém, ou da maneira que lhe obrigaram a ser. Jamais voltaremos a ser do nosso formato original, uma vez que, mostramos nossa verdadeira face e a falta de interesse do próximo nos arrasa de tal maneira que, tudo parece não fazer mais sentido e importância, o que não falávamos começamos a falar e o que dizíamos jamais fazer, fazemos. Afinal, Quão dura é a verdade de sermos quem nos tornamos e de aceitar essa mudança trágica em nossas vidas?