A luz da cela

A vida e o limite que questiona.

Tudo é definido em minutos, e toda uma história se parte, desfazendo o penoso olhar, alegre ou triste.

Parece-nos que a prisão é uma imensurável liberdade e a liberdade uma inesgotável prisão.

Uns nascem, outros se vão.

Explicações para esse refutável final.

Até agora foi vista declaradas partidas em pequenas despedidas pouco esclarecidas.

Na verdade respostas só depois dessa turbulenta passagem de doenças e curas.

A luz ontem tinha transpassado as grades daquela estreita cela.

Morte do corpo, perdão na alma.

Desfalecer esquecido pelo mundo corrido.

Celebrado brotar nesse ressurgimento tão aguardado por Ele e por mim.

Da terra: estrangeiro peregrino da oscilação.

Do céu: herdeiro da clara luz calorosa sem audaciosas prisões da sombra fria.

Paulo Nascimento.

Paulo Bezerra (Galícia) Espanha
Enviado por Paulo Bezerra (Galícia) Espanha em 30/11/2013
Reeditado em 15/03/2014
Código do texto: T4592652
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