Um ponto

Chegamos ao ponto de não fazermos nada, esperar talvez seja a solução...

Sinto-me tão Alien quanto humana, talvez nada, nada porque não posso fazer nada, nas esquinas vemos uma juventude corrompida no tráfico, na bandidagem descarada, eles não tem sonhos, um sonho igual o de todos talvez, fama forjada, status e reconhecimento...

Reconhecimento de quê? A troco de quê? Se não fizeram nada...

Vejo aqueles que mais se revoltam contribuindo para o tráfico, compram a droga clandestina, pregam a paz e o amor mas não se resolvem com seus familiares, nessa parte da família também me incluo, todos falam de distribuição de renda, mas quando tem algo a mais entregam-se ao luxo, reconhecer isso me faz mais triste, longe de casa, longe do conforto, minha consciência dói pela humanidade, não estou pagando de boazinha, mas algo está errado...

Fico perdida ao ver que pessoas reivindicam um direito de usar drogas, de liberarem para que o tráfico acabe, mas ninguém dá a cara a tapa para as necessidades básicas.

Onde está Maslow agora? Utilizam de sua estratégia piramidal para atrair uma falsa motivação, pois sim, é direito de todos, está em nossa constituição, alimento, diversão, saúde, qualidade de vida...

Para quem ainda vive no mundo do próprio umbigo eu dou meus parabéns, é problema social até o momento em que atinge um familiar seu, é só problema social e do governo até o momento em que um dia você se torna vítima de si mesmo.

Chegou no ponto em que compro um novo celular pensando no velho que ficará para os marginais, crianças marginalizadas pela sociedade, muitos me dirão que seguiram este caminho porque quiseram, sim quem sabe você com a vida que ele levou também não quisesse...

Sinto-me perdidamente longe, porque eu consigo admirar ainda o nascer e o pôr do sol diariamente, admirar as árvores dançantes e temo o dia em que não verei mais, somos uma era consumista, ligada ao status, ao ego, a vaidade, estamos todos viciados nisto, e ao enxergar o que há de errado eu cheguei a este ponto...

Ao ponto de não conseguir fazer nada, não há saídas, não consigo pensar em uma estratégia, posso ser a mudança que quero ver no mundo e ser encarada como Alilianígena até a morte, pois assim prefiro, não pretendo desmotivar ninguém, falo sobre coisas pesadas e assim sempre escreverei, eu exponho aquilo que me incomoda no templo íntimo, eu preciso pôr pra fora um pouco dessa angústia, notar que um futuro doentio está próximo me dói, e acredito que de alguma forma não estou sozinha, terá sempre alguém que pensará como eu, que concordará com um vestígio que seja de opinião, e talvez haja uma corrente do bem para que naturalmente a humanidade evolua, e chegamos a um novo ponto.

A Lilianigena
Enviado por A Lilianigena em 28/11/2013
Reeditado em 13/02/2014
Código do texto: T4590953
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