FÉ E FELICIDADE



 
Diante das pequenas dadivas ( e de verdadeiros milagres ) concedidas por Deus, diariamente, aos que O amam, todo o ruído do que pede ‘prova’, e do zombador gratuito, e do que elabora seus subterfúgios de negação deixa de ter importância, se é que em algum momento teve, de fato, alguma relevância.
 
A percepção secularista humanista sempre reputará por ‘alienação’, ou ‘distúrbio’ de natureza psicológica o bem estar do cristão em sua vida como um todo : o que na verdade é a evidência de uma vida transformada pelo poder de Deus, através da fé, e que permite ao fiel estar em paz consigo mesmo e com Deus mesmo na adversidade e na dor, mesmo na privação.
 
Supor que a ‘felicidade’ do ateu decorra de sua declarada ausência de fé ( que na realidade é uma fé no vazio de sua própria existência ) é apenas outra forma conveniente de dizer ‘não preciso de deus pra ser feliz’.
 
Curioso notar que, biblicamente falando, o propósito do homem não é a felicidade, nem Deus é seu empregado : o propósito da salvação não é , de forma alguma, sequer conceitualmente próximo dessa idéia de ‘prosperidade’ correntemente vendida pelos mercadores da fé atuais.
 
Na perspectiva de certos céticos, no entanto, é a busca pela felicidade ( e o medo da morte e/ou da condenação eterna ) a razão de ser da fé : não se privam, em todo caso, de logo mostrar que podem sim, ser bem felizes sem qualquer deus, sem qualquer fé.
 
A idéia de felicidade por si só encerra um certo teor idílico ( ilusório, em minha opinião ) de estabilidade que contrasta com a dinâmica da realidade, assemelha-se ao que talvez seria o final feliz dos contos de fadas, sem qualquer perspectiva além de si mesmo.A existência implica num contínuo vir a ser que desautoriza essa noção estática de paz infinita, pois viver é vivenciar o conflito, administrar as muitas perdas e crescer a partir da experiência acumulada.
 
Em algum momento da história humana percebemos o quão difícil pode ser a vida, plena de injustiças e dor, e gradualmente, talvez, tenhamos alimentado essa idealização de bem estar perfeito como uma compensação necessária ao nosso desespero, decorrente do pecado e conseqüente afastamento de Deus.
 
Longe de tentar convencer quem quer que seja, por argumentos ou mera especulação, sou grato a Deus pelas vitórias que me concedeu nesse ano de 2013, o primeiro ano de vida de minha filha Nalu ( o verdadeiro milagre! ) e o primeiro lugar no concurso literário da UFES, na categoria livro de poemas ( a pequena dádiva! ) : isso é o suficiente para mim, por ora : gratidão a Deus, que sabe todas as coisas.






 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 25/11/2013
Reeditado em 12/04/2014
Código do texto: T4585429
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