Qual a serventia da tristeza?

Fazer um samba com beleza?

Cade a beleza consoladora do choro?

Eu escondo tanta coisa de mim que pouco sei como faço para me dirigir a palavra

Palavra engolida pela estranheza

Estranha de mim

Sigo sem nenhuma palavra pelo caminho

Hoje me fiz o favor de me ouvir chorar timidamente por dentro

Pra que tanto pudor

Que medo de desbravar-me é esse

E o tempo chora por mim, afim de me aliviar desse trabalho árduo de me enxergar

Chora para mim

E me planta gratidão

Chora em chuva

Chora em solidão virtual

Chora em tranqüilidade ao ouvir-se música tristonha

Desse silêncio perpétuo de mim à mim nasce tamanha tristeza

E enquanto o silêncio persistir me perguntarei, sem entender o enunciado da questão, longe de aprender...

Qual a serventia da tristeza?