Sobre Ser (quem estou)

Gosto muito das palavras e brincar com a utilização delas é uma das minhas atividades favoritas. E ouvir é uma dádiva… São tantos os sons que me enchem de felicidade e gozo! No entanto, tenho aprendido que através do meu silêncio, do silêncio total, é possível aprender os mais ricos ensinamentos.

Agrada-me muito que meus olhos me permitam ver coisas que os enchem de ternura, de paixão, de encantamento… Ainda assim, eu estava de olhos fechados quando obtive as melhores sensações.

Sou sensível ao toque… Minha pele prontamente responde aos estímulos dos mais variados tipos… Mas não há estímulo mais intenso do que aquele que toca a minha alma. A alma que sou.

Afinal, esse corpo que me abriga pode, eventualmente, perder os sentidos. E os sentidos que a esse corpo-abrigo servem são tão facilmente ludibriados…

O efêmero pode ser prazeroso e dele, em suas diversas formas, não me privo. Mas o que transcende o tempo, ah… Esse tem todo o meu respeito, todo o meu zelo, toda a minha gratidão, toda a minha atenção, toda a minha admiração.

E ainda que, quando em outros abrigos, ocorra o esquecimento, aquilo que não depende da contagem dos dias para ser encontrará, novamente, meios de reposicionar-me na trilha da evolução.

Elen Rodrigues
Enviado por Elen Rodrigues em 24/11/2013
Código do texto: T4584606
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