Elevador

Hoje quando subi,

Encontrei um entregador de cachorro quente meio caolho, com o produto na mão, aberto, pegando ar e o que viesse em cima do molho.

Quando desci,

Encontrei uma menina vestida que nem bailarina: saia de tule, malha. Sem meia calça, com uma sapatilha de plástico perolado que imitava as verdadeiras de cetim, amarrada por fitas nas canelas.

Daí eu pensei: como eu queria ser um elevador.

Ver pessoas diferentes o tempo inteiro, acompanhar histórias curtas... Ou até um ceninha picante de quando em vez.

Sim, eu podia ser um elevador!

Afinal, subir e descer eu já sei bem...

(Dei-me por conta disto saindo da minha sessão de terapia.)

Caroline Garcia Cruz
Enviado por Caroline Garcia Cruz em 20/11/2013
Reeditado em 20/11/2013
Código do texto: T4578979
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