Contrariando intuitivamente

O demasiado desespero invadiu minha alma. Sufocou-me a tentativa de se enquadrar em uma maçante alienação, pois enfadado precipitei o sentido existencial que inspira meu evoluído ser, e da sabor a minha breve existência.

A reação desesperada de meus instintos provocou a inusitada descoberta. Não há para onde correr, sou contrário a esta desconcertante vida que despreza meu ego. Felizmente há uma dosagem significativa de egoísmo em mim, mas sou imune à mediocridade egoísta que costumo presenciar. Não acredito na suposta felicidade rodeada de favoritismo. Não posso ser feliz sem conhecer o que realmente é felicidade, e a "dor" é uma ferramenta extremamente necessária para a conscientização dessa felicidade, pois desenvolve a sensibilidade necessária para acusá-la... De certa forma, entendo que a ausência de dificuldades tanto materialmente quanto emocionalmente não proporciona felicidade. No máximo me torna imaturo.

Raphael Cavalheiro
Enviado por Raphael Cavalheiro em 19/11/2013
Reeditado em 27/04/2016
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