Estrelinha! Pessoinha!
Estrela, Estrelinha!
Daqui de baixo te olho e és tão bonita!
Sabias que aqui os homens te dão nomes, e veem figuras na coreografia que tu e tuas irmãs fazem?
Confesso que não vos conheço tão bem, e posso me confundir.
Hoje me dirijo a ti, amanhã à outra brilhante. Retomo a conversa de onde parei pensando ser a mesma amiga.
Porque sempre te chamei Estrelinha.
Faço mal em tratar todas como se fossem a mesma? Pisca uma vez para sim e duas para não.
É que quando vejo, daqui, todas essas estrelas elas se parecem tanto. Todas Estrelinhas que brilham.
Vocês também contemplam a gente aqui embaixo? Me chama de Pessoinha, e me confunde com outro alguém?
A gente aqui não brilha. Devemos parecer bem sem graça vistos daí de cima.
Mas a gente costuma dizer que as pessoas são poeira de estrela.
Isso quer dizer que nós também somos irmãs! Não é o máximo, Estrelinha?
Eu queria morar aí em cima com o resto das nossas irmãs. E brilhar convosco todas as noites.
E eu seria indistinguível das outras estrelas, e um desavisado qualquer me chamaria apenas de Estrelinha.