Não há

Eu queria um amor que durasse mais que um verão. Um amor que perdurasse as dúvidas, os medos, os anseios.. Eu só queria.Dizem que meu verbo é "querer" e, que mal há? Não há. Não existe. Não queira de alguém aquilo que não podes ser. Não cobre de alguém aquilo que não consegues fazer... Dos piores sentimentos, a saudade. E haja saudade. De segundos, de momentos.. Uma eternidade.

Pra que saudade? Não há o que se saudar... Apenas nessa nossa sorte e azar. Sorte por amar, azar em ti amar.

Não desejo meus sentimentos para ninguém. Espero que eles mudem de direção, numa outra contramão... em vão, sem rumo, sem nada, sem destino. Apenas que eles se vão. Pois, sinceramente, não há. Não há nada que me faças mudar. Mudar? Apenas digo que não há, não há tempo mais, ou forças mais. Simplesmente, não há.

Quando eu sentir isso de novo, devo soltar. Amar? Não há espaço... E se sentir saudade? Apenas abafo. Pois, ao resto da vida sinto que meus ditos são de não querer mais. Aquele, primeiro verbo de que tanto fui próximo, digo, até amigo dele fui! Enfim, desse verbo 'querer' aprendi que nada mais disso eu poderei ter. Porque digo, que simplesmente, agora, não há.

Neto Gouveia
Enviado por Neto Gouveia em 16/11/2013
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