Joyce Costa 14 anos na Banda Santíssimo Sacramento!
Há 14 anos entrei para a banda de música... Na época a Banda Santíssimo Sacramento se apresentava em monumentos históricos e isso aguçou minha curiosidade pela música... Já gostava é claro porque cresci ouvindo o ritmo marcante do samba do Bloco Vai Quem Quer, histórias sobre minha tataravó Jovita que era maestrina de uma orquestra, o som do trombone de vara de tio Gentil, as vozes do meu avô Dodô, da minha avó Laura e da minha mãe Maria do Carmo(Cacá) em casa ou nas ruas com o grupo de serestas “ O Rouxinol”. As apresentações recebiam os nomes de “Banda de Música na Chácara” e “ Banda de Música no Museu”. O intuito delas era mostrar aos estudantes o monumento histórico como uma casa onde ouviríamos sobre o Serro antigo para aprendermos desde cedo como cuidar do nosso patrimônio. Ao final da visita a como forma de lazer a banda de música se apresentava. A curiosidade para saber como os músicos liam aquelas bolinhas (notas), como conseguiam tirar sons daquelas coisas (instrumentos) e quem era aquele moço de bigode e varinha na mão (a peça chave o maestro) falou mais alto...
Foi feita então por minha mãe a minha inscrição através da E. E. Dr. Pinheiro para a Escola de Música José Maria de Oliveira. Estudei durante nove meses para conhecer o que era então a música, a teoria musical, os instrumentos... Comecei aprendendo a requinta, mas me formei na percussão e hoje em dia toco (estudo) o saxofone tenor.
A Banda tocava e sempre toca em eventos tradicionais e cívicos no Serro e em outras cidades. Além da participação em Encontro de Bandas, onde apresentamos nosso repertório tradicional (dobrados) e popular (valsa, bolero, rock, pop e rock, nacionais, internacionais, etc.).
Com o tempo aprendi que a música fala pela alma do músico que imprime no som seu instrumento suas emoções para encantar aquele que o ouve, além é claro de colaborar com a ativação da memória, disciplina, auto bem estar e com a sensibilidade da pessoa que toca.
Hoje em dia não me vejo sem tocar com meus companheiros de banda, a sensação é ímpar quando as pessoas que nos ouvem sorriem , aplaudem e pedem bis ao ver a banda passar, como por exemplo, os toques que fazemos no Recanto José Sales Coelho são surpreendentemente gratificantes.
Agradeço a cada maestro que passou pela Banda Santíssimo Sacramento pelos ensinamentos de música, que foram e são válidos para minha vida a cada dia(Maestro Advaldo Cardoso, Maestro Hayer, Maestro Charlys Olegário e Maestro Diney Morais). Agradeço também por cada braço direito dos músicos os presidentes, o corpo das diretorias que incentivavam e incentivam a corporação, e não poderia deixar de citar a saudade musical daqueles que nos deixaram para ouvir e tocar as notas da Banda Santíssimo Sacramento no céu, os saudosos: Afonso do Rosário Oliveira (Tutim) e André Luis Vieira Reis.
Para mim é uma honra participar de uma banda de música que tem uma história exemplar de luta e de sobrevivência e que se esforça sempre para levar alegria e emoção aos seus ouvintes há 104 anos. Sempre busquei participar ativamente da corporação musical, mas às vezes um problema de saúde (nos joelhos) me afastava da mesma!!!Mas o amor ao sonho, a magia da música sempre esteve na minha alma!!!