REERGUE-TE,DIANTE DOS TEUS OLHOS

NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 15 DE NOVEMBRO DE 2013

Reergue-te, pleno, diante dos teus próprios olhos, reerguendo-te, assim, alguns dos sentidos em ti que permitiste fossem profundamente feridos e, por vezes, confundidos, por ação deletéria do mundo e também de pessoas, bem como, assim, ajudando a reerguer-me, em plenitude, alguns desses sentidos (entre tantos outros, inexpugnáveis) da tua permanência em mim e na minha vida, sentidos que andaram e andam sofrendo fortes rachaduras. Não mais permitas que o mundo e suas terríveis mazelas te permaneçam a fazer o mais do que desumano mal que sempre te têm feito. Aprende (não é tarde) a preservar tua alma, na medida do possível, no decorrer das lutas legítimas que travas, de peito aberto e todo o tempo, contra tais mazelas espantosas.

Reergue-te, pleno, diante dos teus próprios olhos, e assim, também me ajudarás a reerguer, em mim e na minha vida, outros sentidos os quais, para além de tudo o que se refira a ti, foram profundamente avariados, pelo mundo, por pessoas e, principalmente, por mim mesma.

Ajuda-me. Ajudemo-nos, como nos ajudávamos antes destes anos de tantos apocalipses, como nos ajudávamos, apesar de interdições e de interditos desde sempre, aos quais o tempo foi acrescentando outros novos interditos e interdições, bem como acrescentando antigos nunca dantes conhecidos nem partilhados. Ajudemo-nos, ainda, no que ainda nos for possível e legítimo, caríssimo. Não quero perder-te em mim. Não quero que me percas em ti. Apesar de tudo o que nunca pudemos nem poderemos viver.

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