Alvorada

Mil e uma preponderâncias.

Onde o sol se deita, nós acordamos.

No rasgar da alvorada tudo nos pertence.

Sons de sirenes rompem o silêncio enjoativo que se acomodara.

Sons de sirenes e gritos dos aclamados lunáticos ecoam nas ruas citadinas.

Numa cadeira não me assossego.

Minha alma grita por mil e uma vozes melodicamente irreparáveis.

Na fronteira entre o são e o perdido não nos reconhecemos,

Então apercebe-mo-nos do peso da nossa própria insanidade.

E por mais uma noite gritamos ao som das sirenes.

A alvorada quebra cortinas e muralhas.

O delicioso sabor de algo novo assombra-me o pensamento,

E na alvorada nos retraímos.

Hugo Ricardo
Enviado por Hugo Ricardo em 07/11/2013
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