Alvorada
Mil e uma preponderâncias.
Onde o sol se deita, nós acordamos.
No rasgar da alvorada tudo nos pertence.
Sons de sirenes rompem o silêncio enjoativo que se acomodara.
Sons de sirenes e gritos dos aclamados lunáticos ecoam nas ruas citadinas.
Numa cadeira não me assossego.
Minha alma grita por mil e uma vozes melodicamente irreparáveis.
Na fronteira entre o são e o perdido não nos reconhecemos,
Então apercebe-mo-nos do peso da nossa própria insanidade.
E por mais uma noite gritamos ao som das sirenes.
A alvorada quebra cortinas e muralhas.
O delicioso sabor de algo novo assombra-me o pensamento,
E na alvorada nos retraímos.