Como pode (9)
Como posso me sentir humano, se não tenho a coragem de me expor total e abertamente pelos excluídos, pelos abandonados ao azar da vida, ou pelos que são tratados como refugo humano de nossa sociedade? Como posso me sentir humano, quando, muitas vezes por omissão, sou desumano, e outras vezes por fraquezas e medo não me exponho o suficiente? Somente fazer caridade não me torna mais humano, a caridade é além de bela uma necessidade premente, urgente pelo que já aqui está, mas nada transforma, em muitos casos até ajuda na perpetuação do que aqui está, mas nem por isto menos necessária, entretanto transformar é necessário, e somente será possível se me comprometer de corpo e alma, se me envolver realmente, se ousar ser ente de transformação, ou parceiro por uma transformação social, aí sim poderei me sentir mais humano. Humano não é simplesmente aquele que ajuda, é aquele que age e atua de forma comprometida, para que amanhã não necessite necessariamente mais ajudar, não porque abra mão de ajudar, mas porque a transformação foi alcançada, e a ajuda em si não mais é necessária. Pode parecer utópico, mas não é impossível, agora ficar parado assumindo que não somos capazes, ou que o sistema não permitirá esta transformação é morrer sem tentar, é se omitir quando o sistema em si somos nós mesmos, eu, você, ele, aquele, os outros, todos nós.
Como posso me sentir humano, se não tenho a coragem de me expor total e abertamente pelos excluídos, pelos abandonados ao azar da vida, ou pelos que são tratados como refugo humano de nossa sociedade? Como posso me sentir humano, quando, muitas vezes por omissão, sou desumano, e outras vezes por fraquezas e medo não me exponho o suficiente? Somente fazer caridade não me torna mais humano, a caridade é além de bela uma necessidade premente, urgente pelo que já aqui está, mas nada transforma, em muitos casos até ajuda na perpetuação do que aqui está, mas nem por isto menos necessária, entretanto transformar é necessário, e somente será possível se me comprometer de corpo e alma, se me envolver realmente, se ousar ser ente de transformação, ou parceiro por uma transformação social, aí sim poderei me sentir mais humano. Humano não é simplesmente aquele que ajuda, é aquele que age e atua de forma comprometida, para que amanhã não necessite necessariamente mais ajudar, não porque abra mão de ajudar, mas porque a transformação foi alcançada, e a ajuda em si não mais é necessária. Pode parecer utópico, mas não é impossível, agora ficar parado assumindo que não somos capazes, ou que o sistema não permitirá esta transformação é morrer sem tentar, é se omitir quando o sistema em si somos nós mesmos, eu, você, ele, aquele, os outros, todos nós.