A Frieza da Claridade

Agora escrevo, e faz frio, sinto que em algum lugar vibra uma imensa claridade crua, e estou aqui querendo cegar-me com esta claridade, que nem o descoberto sol é capaz de refletir.Tranco-me nos sobrados da escuridão de minha mente, sou um intinerante dos cosmos.O frio porém exige movimento, persistente e inconsequente e assim eu ando em frente, e neste caminho vejo as flores assassinadas, as árvores despidas, vê-mos carros que chiam carregados de choros.E perguntas o que aconteceste?Neste movimento, o frio ainda vive, e as noites ficam cada vez mais longas, quantas bombas os homens terão que contruir, quantas árvores terão que derrubar; quantas vidas terão que tirar, para aprenderem a viver.Quanto medo, que cria fantasmas sorridentes, esquisofrenia coletiva é o que a população sofre, dando sorrisos que jamais queriam dar, escrevendo palavras, que ao menos pensaram, fazendo seus amigos de inimigos.E aqui estou sem medo, procurando esta claridade.Que move meu coração, que move todo ser, a essência do universo, o novo sendo recitado em versos de loucuras.Ei, aqui estou, entre a luta de Davi e Golias eis que Dom Quixote também aparece.Na luta eterna aqui estou, um ser de rancor.Que achou a claridade que buscava, mas ainda sente frio.

Dan Cruz
Enviado por Dan Cruz em 19/04/2007
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