dimmi perche'
Certos impossíveis tornam certas coisas tão possíveis. Certos encontros. Certas persistências de se aproximar, de desvendar são o que tornam o encontro possível.
Ser possível invejar o que te prende a atenção, certo dia, já foi suficiente. Um suficiente desesperado, sequelado, insuficiente, mas que goteja sereno numa secura curiosa.
Admirar o curioso, te olhar - certas vezes - é transpassar por funil os oceanos do mundo. É tempestade calada. É universo. É fim de mundo silencioso.
Olhos já são incontidos. São por onde tudo acontece. São pontes que não se adaptam à realidade. Não levam à lugar algum, mas são paridas onde tudo existe latente.
"Ora che il silenzio mi divora" ecoa desmedidamente como monstro em mutação. Como a dor de cristo. Os músculos da face fazem movimentos involuntários. A razão em pane me chama pelo nome. Aperto os lábios com a ponta dos dedos como se exprimissem algo que sane. Com obsessão.
Minha droga é pensamento. Uma ideia fixa no que vem de dentro. É o que tanto falo: meu insano não é insano, quer ser.
Palavras são apertadas demais. São pouco, mas ações são inviáveis.