A GRANDEZA DO HOMEM DEPENDE DOS VALORES QUE ELE PERSEGUE

Inerente ao progresso da sociedade, desenvolveu-se a demanda de diretrizes comportamentais que norteassem as atitudes individuais em benefício da manutenção da complexa estrutura das relações humanas no meio social.

Tais modelos de comportamento inibem ações hostis à coletividade e fundamentam-na. Ao praticá-las, o homem não só contribui na referida manutenção, mas também insere-se no meio social, pressuposta condição de existência de um ser dependente de relações interpessoais.

Conforme a sociedade progrediu, a interdependência de seus componentes básicos – os homens – aprofundou-se e as relações tornaram-se mais complexas. A existência do homem passou a depender de sua interação social. Esta resulta do controle racional de impulsos egoístas, através da interferência de valores éticos na vida individual.

Afinal, atitudes demasiadamente egoístas, que numa sociedade primitiva, menos coesa, garantiam a autoproteção, revelam-se perniciosas a este propósito numa sociedade desenvolvida, pois prejudicam a coletividade, da qual o indivíduo depende.

A aceitação de valores morais promove a harmonia entre os homens, justamente porque sua finalidade é adequar o indivíduo ao convívio social.

Valores como humildade, racionalidade e idoneidade refreiam impulsos egocêntricos. Dedicação, confiança em si mesmo e comprometimento social asseguram a prática de ações que beneficiem não só o indivíduo, mas também a coletividade.

Aqueles que seguem tais princípios (ou outros análogos) capacitam-se a respeitar o espaço e os direitos alheios, além de conscientizar-se de seus deveres e de que o desenvolvimento da sociedade garante o desenvolvimento pessoal.

Pessoas que não praticam a moralidade e a ética inviabilizam a boa convivência, daí a necessidade da sociedade expurgá-las. Assim, sua inadequação torna-se autodestrutiva, sinaliza mediocridade e inibe o progresso social.

Quando ocorre o desvirtuamento generalizado de valores e princípios morais, tais indivíduos tornam-se maioria. A sociedade tende a regredir mediante conflitos e crises sociopolíticas. A inibição de crises sociais e a instrumentalização do progresso decorrem da justiça que há nas relações entre os homens.

A consolidação da justiça provém de atitudes fundamentadas em bons princípios e da estabilidade moral da população. A existência de injustiças evidencia deficiências éticas, enquanto a prática das virtudes delas eleva o homem a ator e merecedor da justiça social.

O desenvolvimento da sociedade revela-se, então, reflexo dos valores individuais. O indivíduo, ao perseguir ideais morais, valoriza a si, enquanto componente social e, consequentemente, enquanto ser humano.

Cabe ao homem traçar objetivos morais e éticos e persegui-los, tanto no intuito de afirmar seu valor, como no de preservar a estrutura social e a si próprio.

04.11.2013

19:32

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 04/11/2013
Reeditado em 04/11/2013
Código do texto: T4556593
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.