Valores
Erram aqueles que acreditam em valores, juízos ou éticas, como universais, mas erram também aqueles, que por oposição, ao perceberem exceções aos valores, juízos ou mesmo a éticas, negam qualquer existência, ou validade destes. Valores, juízos, ética ou moral são obviamente relativas, mas não são total e absolutamente relativas, elas possuem corpo vivo em médias muito claras e facilmente percebidas e entendidas por todos de boa índole, mas em direção a um extremo ela nunca será universal, e pelo outro extremo, nunca será inválida simplesmente porque sempre existirão exceções a sua prática.
É claro que matar é errado, mas não matar não é por si só uma regra de valor, de juízo ou ética absoluta e universal, existirão motivos bem justificáveis para não ser indigno alguns atos de matar, como matar um terrorista que está prestes a explodir um colégio repleto de crianças, se não existir outra forma de evitar este fato, mas nem por isto, porque encontramos alguma exceção que permite a ação de matar, como não sendo um ato desumano e indigno em si, que o valor de preservação da vida, de salvaguarda do viver, de evitar e mesmo proibir naturalmente a morte deva ser desprezado, ou que permita por si só algumas variações sobre o mesmo tema.
Valores, juízos, ética e moral, ao modo do que coloca Sam Harris, é meio que como uma alimentação, existem vários alimentos ou combinação destes que são naturalmente saudáveis, e outros que naturalmente são prejudiciais a vida, mas mesmo os alimentos ou combinações que no geral, em média, são saldáveis, podem fazer mal a alguns pontualmente, ou passarem a fazer mal, quando ingeridos acima de uma quantidade por tempo, mas isto não desqualifica que determinados alimentos ou combinações destes sejam saudáveis e assim benéficos a manutenção da vida, e não podemos também, pelo contrário, porque existem exceções, acreditar que alimentos saudáveis passem a ser prejudiciais apenas e tão somente por causa das exceções.
Valores éticos são assim não universais em sua pureza, são variáveis, podem mudar de lugar para lugar, podem mudar ao longo do tempo, e podem algumas vezes na mesmo área geográfica, e no mesmo tempo possuir níveis de aceitação diferentes pela cultura, pela classe social, por preconceitos e outros, mas não são assim, por causa disto, menos importantes, e entendo que eles, no seu arcabouço mais genérico, estão programados de alguma forma em nosso circuito cerebral, e a neurociência, em tempo vindouro, poderá corroborar minha interpretação, ou trazer a tona alguma variação sobre esta interpretação. Valores são em última análise pessoais, e merecem por isso cuidado especial em nossa análise, para não nos perdemos nos excessos de achar que a ditadura da maioria pode impingir valores como verdades universais e absolutas, ou no extremo oposto, acabar realizando alguma espécie de niilismo e defender que valores não existem, pois que são em última análise pessoais. Desta forma, termino com uma frase que já publiquei em outro texto: onde a ética, a moral ou os valores forem fracos, que seja forte a lei para salvaguardar, em especial, os mais fracos e abandonados.
Erram aqueles que acreditam em valores, juízos ou éticas, como universais, mas erram também aqueles, que por oposição, ao perceberem exceções aos valores, juízos ou mesmo a éticas, negam qualquer existência, ou validade destes. Valores, juízos, ética ou moral são obviamente relativas, mas não são total e absolutamente relativas, elas possuem corpo vivo em médias muito claras e facilmente percebidas e entendidas por todos de boa índole, mas em direção a um extremo ela nunca será universal, e pelo outro extremo, nunca será inválida simplesmente porque sempre existirão exceções a sua prática.
É claro que matar é errado, mas não matar não é por si só uma regra de valor, de juízo ou ética absoluta e universal, existirão motivos bem justificáveis para não ser indigno alguns atos de matar, como matar um terrorista que está prestes a explodir um colégio repleto de crianças, se não existir outra forma de evitar este fato, mas nem por isto, porque encontramos alguma exceção que permite a ação de matar, como não sendo um ato desumano e indigno em si, que o valor de preservação da vida, de salvaguarda do viver, de evitar e mesmo proibir naturalmente a morte deva ser desprezado, ou que permita por si só algumas variações sobre o mesmo tema.
Valores, juízos, ética e moral, ao modo do que coloca Sam Harris, é meio que como uma alimentação, existem vários alimentos ou combinação destes que são naturalmente saudáveis, e outros que naturalmente são prejudiciais a vida, mas mesmo os alimentos ou combinações que no geral, em média, são saldáveis, podem fazer mal a alguns pontualmente, ou passarem a fazer mal, quando ingeridos acima de uma quantidade por tempo, mas isto não desqualifica que determinados alimentos ou combinações destes sejam saudáveis e assim benéficos a manutenção da vida, e não podemos também, pelo contrário, porque existem exceções, acreditar que alimentos saudáveis passem a ser prejudiciais apenas e tão somente por causa das exceções.
Valores éticos são assim não universais em sua pureza, são variáveis, podem mudar de lugar para lugar, podem mudar ao longo do tempo, e podem algumas vezes na mesmo área geográfica, e no mesmo tempo possuir níveis de aceitação diferentes pela cultura, pela classe social, por preconceitos e outros, mas não são assim, por causa disto, menos importantes, e entendo que eles, no seu arcabouço mais genérico, estão programados de alguma forma em nosso circuito cerebral, e a neurociência, em tempo vindouro, poderá corroborar minha interpretação, ou trazer a tona alguma variação sobre esta interpretação. Valores são em última análise pessoais, e merecem por isso cuidado especial em nossa análise, para não nos perdemos nos excessos de achar que a ditadura da maioria pode impingir valores como verdades universais e absolutas, ou no extremo oposto, acabar realizando alguma espécie de niilismo e defender que valores não existem, pois que são em última análise pessoais. Desta forma, termino com uma frase que já publiquei em outro texto: onde a ética, a moral ou os valores forem fracos, que seja forte a lei para salvaguardar, em especial, os mais fracos e abandonados.