Confiamos na memória
Confiamos muito na memória, como se ela fosse confiável, segura, garantida ou certa, mas não o é, não somente porque esquecemos, mas principalmente porque muito inventamos, não somente porque nos enganamos, mas porque muito idealizamos, não somente porque ela falha, mas porque ao longo do tempo a transformamos, e não somente enfim porque por ela nos iludimos, mas enfim porque por ela as lembranças sofrem metamorfose, sofrem adaptações, sofrem combinações, e depois de algum tempo, e quanto maior for este tempo, mais sujeito a certezas de memórias incertas nos somos.
Somos em geral exímios contadores de histórias, e daí para alterarmos as nossas é um pulo, a maioria das vezes inconscientes do que estamos fazendo, mas o que se nos apresenta como lembrança, sempre nos parecerá a história original e verdadeira, posto que é a que está, naquele momento, registrada em nosso circuito neural, e como sempre sujeita a novas alterações. Nossa memória não nos mente no momento em que recupera a imagem, mas nosso processo funcional de manutenção da memória mente para nós, ao longo do tempo, sempre que faz omissões, criações ou adaptações na imagem inicial, simplesmente porque nossa rede neural é dinâmica e por si só, esta sempre desfazendo ligações, criando novas e reforçando outras, e no final da obra, a imagem pela qual juramos ter certeza, pois nossa memória assim nos mostra, pode ser mera ilusão do que foi, ou mero “factoide” construído sobre a imagem original.
Confiamos muito na memória, como se ela fosse confiável, segura, garantida ou certa, mas não o é, não somente porque esquecemos, mas principalmente porque muito inventamos, não somente porque nos enganamos, mas porque muito idealizamos, não somente porque ela falha, mas porque ao longo do tempo a transformamos, e não somente enfim porque por ela nos iludimos, mas enfim porque por ela as lembranças sofrem metamorfose, sofrem adaptações, sofrem combinações, e depois de algum tempo, e quanto maior for este tempo, mais sujeito a certezas de memórias incertas nos somos.
Somos em geral exímios contadores de histórias, e daí para alterarmos as nossas é um pulo, a maioria das vezes inconscientes do que estamos fazendo, mas o que se nos apresenta como lembrança, sempre nos parecerá a história original e verdadeira, posto que é a que está, naquele momento, registrada em nosso circuito neural, e como sempre sujeita a novas alterações. Nossa memória não nos mente no momento em que recupera a imagem, mas nosso processo funcional de manutenção da memória mente para nós, ao longo do tempo, sempre que faz omissões, criações ou adaptações na imagem inicial, simplesmente porque nossa rede neural é dinâmica e por si só, esta sempre desfazendo ligações, criando novas e reforçando outras, e no final da obra, a imagem pela qual juramos ter certeza, pois nossa memória assim nos mostra, pode ser mera ilusão do que foi, ou mero “factoide” construído sobre a imagem original.