A linha do horizonte e a realidade


A linha do horizonte é logo ali e existem muito mais coisas para além dela.
Somos míopes por estrutura biológica, nossos sensores e nosso cérebro são imperfeitos e limitados, assim toda a realidade que percebemos é muito mais do que a superficialidade dos fenômenos que observamos, que conseguimos observar ou que poderíamos observar.
 
Como esperar de um cérebro, por si só finito e cheio de bugs, que se formou e se desenvolveu para prioritariamente garantir nossa homeostase (de forma superficial: perfeito equilíbrio e funcionamento de nossa biologia, visando manter o biológico celular, orgânico e funcional dentro de equilíbrios para garantir alguma manutenção da vida), e no qual o pensar e a racionalidade são decorrências a posterior, “compor” o todo, saber e conhecer o tudo e ter capacidade infinita de processamento? Impossível por natureza do que ele é e do que nós somos, e isto fica mais ainda agravado, pelos nossos sensores que também são limitados, e que talvez nem permita-nos acesso a tudo o que existe fora do que estes sentidos podem imperfeitamente perceber.
 
Normalmente estamos em um mix de simplificação do real, e de especialização, e abrimos não de muita coisa, muitas delas inconscientemente, para observar pequeno, e mesmo assim , em geral, superficialmente. Isto por si só nem é bom e nem é ruim, isto somos nós, o que implica apenas em não nos agarrarmos a aparências, e muito menos a preconceitos do tipo é assim por que eu vi, me disseram, eu sinto, ou preconceitos do tipo tem que ser.

 
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 28/10/2013
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