Infância

Uma mente pequena que guarda tantas coisas...

Abriu os olhou e observou o relógio na parede e escutou o estralar dos ponteiros do segundo que ficaram mais audíveis. Fitou o quadro semi desgastado à parede e o sol semi pálido das 7 da manhã que iluminava timidamente uma floresta com algo que, sobre os galhos, sua mente interpretou como sendo uma coruja e que no final dos dias daquele quadro, se deu conta de que eram apenas dois pássaros. Um ao lado do outro.

Aquele quadro trazia paz junto ao cheiro de terra misturado ao café.

Observando mais a direita, havia uma quadro menor que retratava um casal a moda francesa admirando uma espécie de palácio. Ambos de costas e a pintura tinha um aspecto azulado.

Era tão bom ficar ali. Deitada vendo os quadros. Ouvindo o barulho do ponteiro do velho relógio da sala pendurado na parede junto ao suave sol de manhã misturado ao cheiro de café e terra.

Bons tempos...

Irrila
Enviado por Irrila em 28/10/2013
Reeditado em 28/10/2013
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